segunda-feira, 7 de setembro de 2009

"MORRER PELO BRASIL"? NÃO! VIVER PELA PÁTRIA!

No dia em que nosso país completa 187 anos de Independência, nós ouvimos muitos falarem sobre “Pátria” ou “Patriotismo”, expressões essas que nos levam a refletir sobre a realidade da nossa nação. Leva-nos a pensarmos na nossa realidade como patriotas - “filhos do Brasil”. Proclamamos nesse dia o patriotismo, o amor à Pátria, o “Morrer pelo Brasil”. Isso nos leva a pensar sobre o que é, realmente, patriotismo.

Então, “patriotismo”, o que é? Amor à Pátria? Sim, amor à Pátria. Porém, em que consiste este amor? Será que este amor pela Pátria se equipara ao morrer pela Pátria? O compositor do Hino da Independência (Evaristo da Veiga) diz que sim; Amar a Pátria a ponto de entregar a própria vida por ela.

Porém, porquê morrer se nós podemos viver (intensamente) pela nossa Pátria? Não seria mais útil? Tanto se fala em morrer por aquilo que acreditamos (uma causa justa), que esquecemos que é mais útil vivermos em prol dela do que perder a vida e não mais ser útil.

Morrer pela Pátria: testemunho de coragem, determinação, ousadia. Porém, pode ser um testemunho de derrota, de "jogar a toalha".

Quando olhamos para os mártires da História, não vemos pessoas que correram atrás da morte, que entraram nas batalhas para entregarem suas vidas, mas sim, vemos pessoas que entraram nas batalhas para viverem e saírem delas, e nelas cumprirem um objetivo que era a vida e a vitória. Morreram, sim, mas morreram querendo viver, e viver algo melhor. A morte foi apenas uma conseqüência, não um objetivo. Morrer é fácil, difícil é viver!

Em nossos dias pouco se fala sobre viver pela Pátria, mas muito se fala em morte. A morte é mais observada que a vida. A morte é mais esperada que a vida, é mais noticiada e temida. Nos noticiários (quase) nunca se vê o comunicado do nascimento de um bebê, mas sim da morte de alguém. Tudo bem! A morte é algo que devemos esperar, porque é inevitável e pode vir para qualquer pessoa, mas não é algo pelo qual devemos estar ansiosos ou inquietos. A vida é um dom, e como todo dom deve ser usado da melhor forma possível. A vida também não pode ser classificada só como um ser que respira, que anda, que tem um coração batendo no peito, mas deve ser observada como um ser que é útil, e útil para outras pessoas.

Portanto, proclamemos, não a morte pela Pátria, mas sim, a vida pela Pátria. A Vida é uma ação, a morte é esgotamento; nada há de se fazer depois dela. Viver a ponto de morrer, sim! Viver de tal forma que a morte seja inevitável. Assim são os verdadeiros mártires da Pátria: aqueles que a amam tão intensamente que sofrem a morte vivendo a vida por ela.


PARABÉNS BRASIL!!!
187 ANOS DE NOSSA INDEPENDÊNCIA



Por: FÁBIO EVANGELISTA GOMES

Um comentário:

Leide disse...

Show.........Vc....... uma pessoa sábia e convicta no que diz....parabéns pela página....belas mensagens!!!!!!!Grande abraço.

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