terça-feira, 31 de março de 2009

UMA NOVA REFORMA


Precisamos de novos movimentos de reforma e protesto dentro do cristianismo ocidental. Os desafios de hoje requerem que os pastores voltem a apascentar o rebanho de Deus, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto (I Pe 5.2). Que as igrejas sejam espaços de fraternidade onde nos revestimos como “eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade” (Cl 3.12).
Diante do estrelismo, os pastores precisam optar pela discrição; reaprender a ser singelos de coração. Devem lembrar-se de uma citação antiga: “ A glória é como um círculo n’água que nunca deixa de aumentar, até que por força de seu próprio crescimento dispersa-se em nada”.
‘O crescimento numérico das igrejas engana. Tem mais a ver com fenômenos sociais que com uma legítima ação do Espírito Santo. Líderes religiosos devem evitar essa corrida insana de notoriedade. A riqueza e popularidade de alguns nada significam nas realidades espirituais. Euclides da Cunha advertia em Os Sertões: “Se um grande homem pode impor-se a um grande povo pela influência deslumbradora do gênio, os degenerados perigosos fascinam com igual vigor as multidões tacanhas”. Deixemos que o apóstolo Paulo fale novamente aos nossos corações: “Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero com refugo, para conseguir Cristo” (Fp 3.7-8).
A Igreja será sal e luz somente quando caminhar na rota inversa das tendências de sua geração e mostrar-se simples em suas ambições. Caso contrário, continuará, como o anjo da igreja em Laodicéia, dizendo a si mesma: “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma”. Mas ouvirá de Cristo: “Nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego, nu”. Que Deus nos ajude a comprar ouro refinado pelo fogo para nos enriquecer, vestiduras brancas para nos vestir, a fim de não ser manifesta a vergonha da nossa nudez. Compremos colírio para ungir os nossos olhos e vejamos (Ap 3.17-18).


Sola Gratia

Ainda que a Figueira - Fernandinho

Grandes Coisas - Fernandinho

JESUS MEU GUIA É...