terça-feira, 6 de julho de 2010

RELACIONAMENTOS NA IGREJA

Aprender a relacionar-se com pessoas é uma tarefa imprescindível para qualquer ser humano. Essa necessidade torna-se muito maior quando o relacionamento é dentro do Corpo de Cristo, em que vivemos para servir uns aos outros. Devemos considerar, em nossos relacionamentos, que toda e qualquer pessoa tem traços peculiares, diferentes dos nossos, e por isso precisam ser tratadas segunda as suas características. A Igreja é um lugar de diversidade; lugar onde se reúnem pessoas das mais diversas classes sociais e formação cultural. Precisamos entender que dentro dessa diversidade pode e deve prevalecer um relacionamento de unidade (Ef 4.16; Fp
2.1-7).

1 – O COMPORTAMENTO HUMANO: Sabemos que cada um atua de forma diferente em determinadas situações. Contudo, se não há essa compreensão de que cada um é diferente, surgem discussões das mais variadas. Iniciaremos o estudo falando sobre o comportamento humano que se resume em:
  • Temperamento: é a combinação de características que herdamos de nossos pais. São os estados de humor e as reações emocionais de uma pessoa, ou seja, é o modo de ser. Ninguém sabe onde reside o temperamento, alguns acham que seja em algum lugar da mente ou do centro emocional ligada ao coração.
  • Personalidade: é formado por dois aspectos básicos: 1º) Hereditários: por aquilo que o bebê recebe de herança genética de seus pais (estatura, cor dos olhos, da pele, temperamento, reflexos musculares etc.) e 2º) Ambientais: são experiências vividas que irão dar suporte e contribuir para a formação da personalidade (cultura, hábitos familiares, crenças, grupos sociais, escola, responsabilidade, moral e ética, etc.).
  • Caráter: influenciado pelo temperamento e personalidade, é o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que lhe determina a conduta – como a pessoa age.
Com essas definições vamos enfatizar o temperamento que influencia tudo aquilo que fazemos (hábitos do sono, hábitos de estudar, estilo de alimentação, até a maneira de como nos relacionamos com as pessoas).

2 – COMO LIDAR COM AS DIFERENÇAS? Com tanta diversidade que existe entre os seres humanos – gostos pessoais, opiniões, educação, cultura, temperamentos, entre tanto outro – você deve estar se perguntando: Como podemos relacionar-nos bem com as pessoas, principalmente dentro da Igreja, com tantas diferenças? Será que isso é realmente possível? (Veja I Co. 12.12, 19 e 20, 22-25). Para que tudo ocorra bem existem algumas coisas que podemos fazer para aprender a lidar com as diferenças. São elas: 1. Conhecer as pessoas que estão à nossa volta. 2. Saber respeitar os limites de cada um. 3. Fazer um autoexame do que precisa ser mudado (I Co. 11.28). Como disse um escritor literário russo: "Todos pensam em mudar a humanidade e ninguém pensa em mudar-se a si mesmo” (Leon Tolstói). Muitas vezes nos esquecemos do real sentido de Jesus ao vir a este mundo, que foi fazer com que a nossa velha natureza pecaminosa morresse com Ele, para que a nova natureza de Cristo nos revestisse (Veja Rm. 6.6; Gl. 2.20; II Co. 5.17; Ef. 4.22-24).

3 – COMO MANTER O BOM RELACIONAMENTO COM OS IRMÃOS? Muitas vezes ouvimos alguém falar: “parece que aquele fulano não vai com a minha cara”, ou “acho que aquele irmão não gosta de mim”. Afinal é possível irmãos tornarem-se inimigos dentro da Igreja? Infelizmente isso pode ocorrer. Mas, como sempre, a Bíblia nos traz ricos ensinamentos acerca de como devemos nos relacionar com nossos irmãos, até mesmo nos momentos das dificuldades. Seguem alguns pontos fundamentais para mantermos um bom relacionamento entre irmãos: 1. Falar a verdade (Veja Ef. 4.25-27; Mt. 18.15-17); 2. Não falar mal do outros (Veja Ef. 4.29). A palavra torpe significa: desonesto, sem pudor, infame, vil, repugnante, obsceno (Dicionário Aurélio); 3. Suportar uns aos outros (Veja Cl. 3.13; Rm. 12.18); 4. Perdoar (Veja Col. 3.13b; Mt. 6.14-15; Mt. 18.21-22); 5. Amar uns aos outros (Veja Col. 3.14; Pv. 10.12; I Pe. 4.8; Rm. 13.8-10; Rm. 12.9-10; Jo 13.34-35; I Jo. 2.11; I Jo. 3.10); 6. Ter Igualdade (Veja Rm. 12.16; Tg. 2.1-4); 7. Honrar (Veja Rm. 12.10b; Fp. 2.3). A palavra honrar significa estimar, respeitar, reconhecer; 8. Tolerar os fracos na fé (Veja Rm. 14.1-6 e 17).

O Reino de Deus não depende das nossas diferenças em comidas, bebidas, o que cremos ou o que somos, mas sim da justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Quem serve a Cristo respeitando as diferenças, agrada a Deus sendo aprovado por todos. Não devemos deixar que as nossas diferenças causem divisão e queda dos nossos irmãos. Não vamos destruir toda obra que Deus fez em nossas vidas e na vida do irmão por causa das diferenças!

4 – COMUNHÃO NA IGREJA: Por que Jesus fundou sua igreja? Será que foi apenas para que cumpríssemos escalas em dias de reuniões? Igreja significa: gr. ekklésía, assembleia por convocação, assembleia dos guerreiros, assembleia de fiéis, lugar de reunião, ajuntamento de cristãos, comunhão cristã. A igreja foi fundada com o objetivo de ter comunhão uns com os outros e com Deus. Quando falamos em comunhão podemos abordar em dois aspectos:
1. Na participação comum de ideias e crenças, ou seja, quando dois ou mais pessoas participam dos mesmos objetivos, fazendo com que se tornem reais, através de seus esforços de comum acordo e fé. No Dicionário Houaiss diz que essa comunhão “é a ação de fazer alguma coisa em comum. Sintonia de sentimentos, de modo de pensar, agir ou sentir, identificação, união, ligação”.
2. Cooperar e compartilhar o que tem. No Novo Testamento a comunhão cristã é expressa no termo (gr. koinonia), que significa cooperação entre todos os cristãos, é o espírito de compartilhar gratuitamente o que tem (tanto de bens materiais, como espirituais).

Com esses pontos de vistas acerca da comunhão, principalmente na igreja, podemos ver que a temos deixado em último plano. Muitas vezes não abençoamos nossos irmãos, não compartilhamos os momentos que eles têm vivido, tanto de vitórias como de lutas e tristezas (Veja Rm. 12.13 e 15), por causa de muitas tarefas e falta de tempo. A comunhão não é apenas marcar encontros, fazer festas com amigos ou dar um aperto de mão nos dias de cultos, mas é também participar das necessidades do próximo, pois a comunhão é feita de conhecer um ao outro, amar e respeitar. Quando colocamos todos os afazeres como prioridade, esquecendo-nos da comunhão, a igreja perde muito o seu sentido (Veja Lc. 10.38-42), pois não temos comunhão com nosso próximo e se for assim, quem irá dizer que tem comunhão com Deus? Como diz em I João 4.20b: “Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?”.

CONCLUSÃO: COMO VOCÊ TEM TRATADO SEU IRMÃO? Essa pergunta certamente seria respondida de formas diferentes se fosse perguntada para cada um, pois isso depende de como você enxerga o seu irmão. Será que realmente você o vê como membro da sua família ou como um colega de trabalho? Será que mesmo com as diferenças e as falhas de um incomodando o outro, você consegue entender e lutar do mesmo lado? Todas essas respostas vão depender muito de como você enxerga a sua igreja, pois se você a vê como a “casa do seu pai” certamente você não a vê como uma “empresa” e sim como um lar, independente de como seja o seu irmão. Mas não adianta falar: “eu estou na casa do meu pai” se a sua ação é colocar tudo em primeiro lugar, menos a comunhão. Entender o que se passa com ele, ajudar, aprender a conviver com as diferenças não é uma tarefa simples, mas é uma prioridade extrema que devemos ter em nossas vidas. Quantas pessoas faltaram nesta última reunião na sua igreja? Quantos desapareceram? O que você tem feito mediante a isso? “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo” é muito mais que palavras, exigem muita atitude.

“CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS”
CRASH CHURCH UNDERGROUND MINISTRY

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